terça-feira, 28 de janeiro de 2014

AGRADEÇA A DEUS PELA MÚSICA

A música tem um papel muito importante na Bíblia. De Gênesis a Apocalipse, Deus recruta os músicos para trabalharem a seu favor. Ele usa a música para chamar o povo à adoração e para enviá-los à guerra, para acalmar ânimos e para acender a paixão espiritual, para celebrar vitórias e lamentar as perdas. A música é uma forma de arte totalmente inclusiva para todas as ocasiões. Há seguidores e líderes, canções simples e complexas, instrumentos fáceis ou difíceis de tocar, melodias e harmonias, ritmos acelerados ou lentos, notas agudas ou graves.
A música é uma metáfora maravilhosa para a igreja, pois todos participam com aquilo que fazem melhor. Todos nós cantamos ou tocamos notas diferentes em momentos distintos, ao executarmos a mesma canção. Quanto melhor seguirmos o condutor, mais bela será a música.
O louvor é uma das melhores maneiras de utilizar a música. Quando o templo de Salomão estava pronto, os músicos louvaram e agradeceram a Deus. Enquanto faziam-no, “... a glória do Senhor encheu a Casa de Deus” (2 Crônicas 5:14).
Agradeçamos a Deus pela música bela, pois é como se fosse uma amostra do que será no céu, onde a glória de Deus habitará para sempre e onde o louvor a Ele nunca cessará


AQUELES QUE LOUVAM A DEUS NA TERRA SE SENTIRÃO EM CASA NO CÉU.

by: JJ Peixoto


Fonte: Pão Diário, volume 7, Publicações RBC, 2012

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O AMOR LANÇA FORA O MEDO




"O medo não é real. É um produto de ideias que você cria. Entenda bem... Perigo é real, mas o medo, é uma escolha." Will Smith em Depois da Terra.


Esta frase me chamou muito a atenção neste filme e lembrei do Senhor, afinal o "seu amor lança fora todo o medo". Você pode me perguntar: 'mas o que tem a ver uma coisa com a outra?'. Vou explicar. Nesta vida nos preocupamos com tantas coisas que tiram a nossa paz e até nos assustam: insegurança, política, educação, dinheiro, etc. Porém este medo não é real. Devemos firmar nossa vida somente no amor do Senhor e em viver para Ele incondicionalmente. Em Filipenses 4:13 diz: "Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação. (NTLH)", então amados(as), pare de escolher o medo e siga em frente na força de Cristo. Entregue TUDO a Ele!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

GENEROSIDADE

"A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido." Provérbios 11:25

Há poucos dias, meu querido Pr. Francisco pregou com muita propriedade sobre generosidade. É maravilhoso ver na Bíblia o quanto Deus faz em nossas vidas quando agimos com generosidade para com o outros. Vemos na Palavra de Deus diversos textos falando sobre generosidade e das bençãos que o Senhor nos dá quando somos generosos. 

Precisamos tanto nestes dias fazermos algo as outras pessoas sem esperar nada em troca. Amar sem medida, se doar, ajudar o próximo cuidar uns dos outros. Esta é a maior riqueza do Cristianismo. Algo tão precioso que o Senhor nos ensinou enquanto esteve aqui na terra.

A generosidade nos aproximas das pessoas e também de Deus. A Bíblia nos diz que é melhor dar do que receber. 

Gostaria de compartilhar para sua reflexão uma pequena história sobre a recompensa pela generosidade.

“Num dia quente de verão, há pouco mais de cem anos, um jovem estudante de Medicina estava indo de casa em casa numa comunidade rural do Estado de Maryland, Estados Unidos, vendendo livros para obter dinheiro e poder pagar seus estudos. No fim da tarde, bateu à porta de uma casa de fazenda onde a única pessoa que encontrou foi uma garota adolescente. Depois de ele fazer sua apresentação, a menina disse: – Lamento muito, mas minha mãe é viúva e nós não temos condições de comprar livros. O rapaz então perguntou:
- Você poderia, por favor, me dar um copo d’água?
- É claro. Mas nós temos bastante leite fresquinho. Você não preferiria um copo de leite em lugar de água?
- Eu ficaria muito agradecido – respondeu o jovem. 
Transcorreram anos. O estudante de Medicina tornou-se um hábil médico. Certo dia, durante o plantão, chegou à conclusão de que uma das pacientes era aquela que, quando garota, havia sido generosa para com ele. A moça, entretanto, estava doente demais para reconhecê-lo. As coisas começaram a acontecer. Aquela jovem foi removida para um quarto particular e passou a receber a melhor atenção que a ciência médica podia oferecer. Depois de alguns dias, uma enfermeira lhe disse: 
– Amanhã você poderá voltar para casa. 
– Fico feliz – disse a paciente – mas a conta do hospital me preocupa. 
– Eu vou buscá-la e então veremos em quanto ficou. A enfermeira retornou com o tesoureiro do hospital, que apresentou a conta à paciente. Ela olhou logo para a última linha. Ficou chocada com a elevada quantia. Mas então viu algumas palavras escritas atravessadas sobre o extrato de sua conta: 
“Plenamente pago por um copo de leite.” – Dr. Howard A. Kelly.”


"Senhor Jesus, que nesses dias em que muitas pessoas tem sido tomadas por sentimentos de egoísmo e falta de compaixão uns pelos outros, que possamos guardar em nosso coração a generosidade vinda de Ti. Generosidade manisfestada nas curas, milagres e maravilhas que o Senhor operou enquanto esteve nesta terra. Generosidade manifestada na cruz para alcançar todos nós pecadores. Dá-nos um coração generoso como o seu."
JJ Peixoto
Líder do Ministério Louv'Art

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

OUVIR MAIS, FALAR MENOS

"Até o estulto, quando se cala, é tido por sábio,e o que cerra os lábios, por inteligente."
Provérbios 17:28.

Há alguns anos fiz uma palestra sobre comunicação onde distingui cinco tipos de ouvintes: o ouvinte precipitado (ainda nem ouviu o que o outro tem para dizer e já presume que sabe tudo), o ouvinte egoísta (enquanto ouve associa tudo que está sendo dito a si mesmo, defendendo-se ou exibindo-se), o ouvinte seletivo (ouve o que quer e finge não ouvir o que não quer), o ouvinte irritadiço (detesta ouvir e faz questão de demonstrar essa insatisfação mesmo enquanto ouve) e o ouvinte dissimulado (finge ouvir, para agradar, enquanto permite que sua mente divague por outros temas ou mundos). Todos eles têm algo em comum: são péssimos ouvintes.

O bom ouvinte é paciente; espera que o outro diga e até que diga o que tem a dizer. Enquanto ouve, tenta perceber os sentimentos e as intenções por trás de cada palavra. O bom ouvinte é solidário, pois compreende a força terapêutica do desabafo. Sente-se bem por ouvir e, em ouvindo, poder ajudar. O bom ouvinte é dedicado e intenso, capaz de ouvir com igual atenção relatos de problemas corriqueiros e narrativas de grandes tragédias. Não julga o assunto, pois acolhe a pessoa. É manso, sereno, tranqüilo e amável. Tem prazer nos relacionamentos. É íntegro, franco, verdadeiro e sincero. Ouve porque também gosta de ser ouvido, mesmo que nunca seja. Sabe que está cada vez mais difícil encontrar quem nos ouça.

Há algum tempo escrevi um texto denominado “a arte de ouvir”. Destaquei quatro razões por que ouvimos tão pouco e cada vez menos: 
1) porque entramos na roda viva da luta pela sobrevivência, na qual ouvir é perda de tempo e tempo é dinheiro (a correria afasta as pessoas); 
2) porque nos tornamos juízes do mundo e das pessoas ao nosso redor (juízes lidam com fatos, veredictos, respostas e soluções, não com sentimentos); 
3) porque estamos tão ligados em nós mesmos, em nossa própria batalha existencial, que a palavra do outro logo é assumida como se fosse uma oportunidade para falar de nós mesmos; 
4) porque, mais importante que tudo, nos distanciamos de Deus (oramos pouco, ouvimos com dificuldade o que Deus tem a nos dizer e nos tornamos carentes daquela vida que somente Deus pode nos oferecer, embora tentemos depositar sobre os outros nossas expectativas e demandas afetivas). 
Quem quer atenção, normalmente, não está disposto a dar atenção. Vive com raiva das pessoas e decepcionado com elas.

Preciso de sabedoria para preferir o ouvir ao falar. Mais sábio, encontrarei tempo para os relacionamentos e compreenderei melhor as pessoas, seus sentimentos, suas crises e suas necessidades afetivas. Mais sábio, sairei do centro e romperei com toda tendência natural ao egocentrismo. Enfim, mais sábio, buscarei mais a Deus e tentarei estar mais sensível à sua voz. Creio que ouvir a Deus me capacitará a ser mais útil ao meu próximo. Quem sabe, tornar-me-á mais sóbrio para ouvir e mais discreto no falar.

Há quase dois mil anos, o apóstolo Tiago escreveu: “todo homem deve ser pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar” (Tiago 1:19). Poucos o ouviram, até agora. E, os que o fizeram, tornaram-se mais aptos para a vida.

Mais recentemente, Rubem Alves escreveu: “Somente sabem falar os que sabem fazer silêncio e ouvir”. Os poucos que também pararam para pensar nisso estão muito mais animados a controlar os próprios lábios. Quem sabe, conseguem?

Pr. Marcelo Gomes
Extraído de odiario.com

terça-feira, 13 de agosto de 2013

APRENDENDO A TOCAR EM GRUPO

Por Paulo Wesley

Quero falar de um problema aparentemente simples, mas comum na maioria dos grupos musicais, principalmente das nossas igrejas. Geralmente quando vejo um grupo tocando ao vivo percebo que temos problemas sérios. Os instrumentos estão mal timbrados, cada um toca por si mesmo sem pensar no conjunto, não sabem acertar os monitores, não pensam em dinâmica, e por isso o trabalho todo acaba sendo prejudicado, enfim, não há inspiração que resista a tanto desleixo.

Infelizmente nós, músicos cristãos, acabamos usando de frases prontas para justificar nosso despreparo, como por exemplo: "É para a glória de Deus...", mas no Salmo 33:3 diz: "Cantai-lhe um cântico novo, tocai bem e com Júbilo". Façamos o excelente ao Senhor porque Ele merece o excelente! Deixemos de lado a preguiça e façamos o melhor para Deus! "Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente" (Jr 48:10).

Bom, acho que Deus se agrada das coisas bem feitas... Ele é um Deus de ordem!

O primeiro cuidado que temos que ter é nos ensaios. Não dá prá aceitar que se suba num púlpito sem preparo, sem saber o que vai ser tocado. O ensaio é o momento do músico conferir ou aprender a harmonia da música, as rítmicas, verificar timbres, etc.

Timbres

- Nunca use, por exemplo, um som de piano para o tecladista junto com um violão de nylon e mais uma guitarra arpejando os acordes. Ninguém vai entender nada! Vai ser uma "briga" de arpejos. O resultado final é zero; - Procure usar um som de "cordas" ou um "pad" no teclado, o violão arpejando e a guitarra fazendo stacattos. Já dá uma outra cara... São soluções simples, mas que tornam o resultado final bem mais agradável.

Baixo e Bumbo

- O baixo e o bumbo da bateria também são os responsáveis pelo som sair "embolado" no PA (caixas de frente). Em primeiro lugar, mais uma vez estão os timbres. Como ambos produzem freqüências parecidas, eles precisam ser timbrados com a maior clareza possível. O som de ambos precisa ser limpo, definido e seco; - Esqueça as "pedaleiras" de baixo e invista em um bom instrumento e em um bom amplificador. Tire os excessos de graves também do bumbo. Depois do som acertado é preciso aprender que, em princípio, o baixo e o bumbo precisam trabalhar "colados". Para isso ambos precisam praticar (em casa e não no ensaio) com metrônomo e estudar um pouco de rítmica. A partir daí, as coisas começaram a funcionar melhor.

A importância do estudo

Não pretendo gastar muito tempo falando da importância do estudo musical. Acho que isso precisa estar resolvido na cabeça de cada músico. Todo mundo precisa estudar o máximo que puder para melhor servir a Deus. Mas, depois do estudo individual, vem a prática de tocar em grupo que requer alguns cuidados.

A banda precisa soar como um único instrumento

Costumo dizer aos meus alunos que a banda precisa ser pensada como se fosse um só instrumento, ou seja, não são 4 ou 5 instrumentos, é um só. Vou explicar melhor: Pense numa orquestra sinfônica onde temos, por exemplo, em torno de 70 músicos. Se cada um resolver tocar como um solista, você pode imaginar a confusão que vai dar? Mas, como então se consegue que uma orquestra soe bem? "A orquestra precisa soar como se fosse um só instrumento na mão de um único músico que é o maestro".

O maestro é quem faz com que cada um toque só a sua parte, que combina com a parte do outro e assim por diante. É ele quem diz o volume que cada um deve tocar para que a resultado seja equilibrado. Tem muitos momentos em que não tocar é a melhor solução. Ouvir é tão importante quanto tocar! Por isso, uma banda deveria agir da mesma forma. Prestando atenção no que o outro está tocando é o que vai me indicar o que tocar. É pensando assim que vamos conseguir fazer uma banda soar bem.

Bom pessoal, o assunto não acabou ainda, é muito longo. Mas, na medida do possível, quero estar falando sobre os "macetes" para se conseguir um bom som de grupo. Espero ter ajudado alguns de vocês. Deus abençoe!

Fonte: www.ronaldobezerra.com.br

sábado, 10 de agosto de 2013

REDE CONEXÃO JOVEM

Nesta sexta-feira tivemos o início da Rede Conexão Jovem na IEQ Bairro Novo 4. Esta, graças a Deus, é a primeira de muitas reuniões que teremos às sextas-feiras, a partir das 19:30hs. 
Geralmente, o começo é sempre difícil, com alguns percalços no caminho, mas Deus é fiel e tudo aconteceu maravilhosamente bem. Pudemos contar com a presença de 90 jovens e adolescentes, sedentos pela presença do Deus Vivo, que adoraram e celebraram com muita alegria naquele lugar. 
Antes de iniciarmos a reunião, tivemos um momento de oração conduzida pelo Pr. Francisco e foi lindo poder ver que cada jovem que chegava, entrava naquele clima de adoração e se prostrava e exaltava o Senhor. Creio que só por este momento já valeu a presença de cada um, pois além da adoração e louvor a Deus, cada jovem foi ministrado e foi liberado palavras prof'éticas sobre todos.
Logo após, iniciamos a reunião com cânticos de celebração, com bastante alegria, onde pulamos e dançamos ao Som da Liberdade, no Espírito Santo. Ninguém ficou parado.
E não parou por aí. Nosso querido irmão Kemuel da Igreja Batista Shalon de Curitiba ainda ministrou uma palavra abençoada que veio bem de encontro com aquilo que temos experimentado em nossa igreja nestes últimos meses: Fazer discípulos e cuidar bem deles. Como diria o Pr. Francisco: "Que Palavra!". Foi tudo lindo. 
Para finalizar, não podia faltar nossa confraternização. Com hotdog e refrigerante, passamos ainda mais um tempão juntos, em comunhão, conversando, sorrindo e, é claro, comendo.
Deus tem feito maravilhas em nosso meio através dos Jovens, Adolescentes e Juniores, e creio que muito coisa ainda Ele irá fazer. Como sempre dizemos, isto é só o começo, pois a sua Palavra nos diz que o Senhor "é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós.." (Ef 3: 20). Como cantamos no último cântico ao final do culto, seremos Pai de Multidões.

JJ Peixoto
Líder do Ministério Louv'Art




quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Inconstância espiritual

Certo dia uma mãe disse: “Parece uma maldição. Os filhos quando são crianças nos obedecem e vão à igreja normalmente, mas quando crescem, eles deixam de frequentá la, começam a se desviar e não querem mais saber de igreja”. A frase desta mãe é um desabafo, assim como o de tantas outras que passam pela mesma situação.

Não é via de regra, mas, infelizmente, isto acontece. Muitos filhos quando crianças obedecem aos pais participando das atividades da igreja. Porém, ao iniciarem a fase da adolescência (13 anos em diante), começam a se dispersar, não sentem mais vontade de ir e acham tudo uma “caretice”. Alguns respondem mal aos pais, quando estes os chamam para ir à Casa do Senhor; outros se tornam rebeldes e saem com turminhas de amigos não cristãos e sem compromisso com a obra de Deus.

É certo dizer que os pais conseguem ter mais controle sobre a vida dos filhos quando estes ainda são crianças. Já na fase adulta, muitos deles se consideram independentes e aptos para fazer o que querem. É neste momento, que eles passam a andar por um caminho que ao homem parece ser bom, mas seu fim não é o melhor (Pr. 14.12).

A Palavra de Deus diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Pr. 22.6). Mas, por que muitos filhos mesmo recebendo o ensinamento bíblico – quando crianças – se desviam quando adultos? Por que muitos jovens não conseguem ser constantes na vida espiritual?

O pastor Ronaldo Moreira de Faria, líder do Ministério Rhema Reconciliação – um ministério que trata de libertação e cura interior de jovens e adultos –, da Igreja Batista da Lagoinha, é enfático ao dizer que a Bíblia desafia os pais a serem modelos no lar. “Os pais devem dizer aos seus filhos: ‘Olhem para nós e façam o mesmo’”, enfatiza o pastor. “Quando os pais vivem segundo o padrão bíblico, que é a proposta de Deus, aplicando em suas vidas os princípios da Palavra do Senhor, não somente eles são abençoados, mas também os seus filhos que crescem com o temor do Senhor em seus corações”.

Outro ponto relevante nesta discussão e apontado pelo pastor, é a questão social atual do país que interfere nos lares. Ele explica: “As famílias de hoje vivem grandes conflitos. A nossa sociedade passa por diversas crises financeiras, com isso as mães saem para trabalhar fora, deixando os seus filhos com as ‘babás eletrônicas’ – TVs e computadores. Os filhos são influenciados por estas ‘babás’, recebendo uma carga de ensino puramente secular, levando-os a buscarem seus próprios interesses, prazeres e destinos para as suas vidas”.

Quem comenta também a questão é a pastora e psicanalista, Lúcia Helena Albuquerque do Santos. Ela é Bacharel em Teologia e junto ao seu esposo – também psicanalista –, Jeiel Eduardo dos Santos, é co-pastora na Igreja Batista Shekinah, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. A doutora Lúcia Helena diz: “São vários os fatores que levam um jovem, após ‘largar o seio materno’, ou seja, a influência da mãe e do pai nas suas decisões, a se desviarem dos caminhos do Senhor. A competição do mundo em relação à Igreja é desigual. Com o avanço da tecnologia, a família tem se desintegrado com velocidade e por mais que os pais vão à igreja e desenvolvam a vida de fé cristã no seio da família, os valores estão se perdendo e com isso não se interioriza os valores bíblicos para a família”, observa.

Para a doutora Lúcia, não há como culpar unicamente os pais pela inconstância espiritual dos filhos, porém, não há também como isentá-los da responsabilidade de cuidarem de seus filhos, já que as Escrituras Sagradas ensinam os valores esternos que, infelizmente, não estão sendo seguidos por pais e líderes religiosos. “O que acontece é que as pessoas não estão obedecendo ao que a Bíblia diz. Sendo os filhos herança da parte do Senhor, eles são um presente de Deus para os pais e, como tal, devem ser instruídos por meio da nossa vida, e não somente da nossa fala”, ressalta.

O psicanalista e psicopedagogo, Jairo Gonçalves diz que a inconstância espiritual se deve, pelo menos, a dois motivos (causas) principais, além do mau exemplo dos pais: “Falta de uma VERDADEIRA e COMPLETA conversão a Cristo”, afirma. “Verdadeira conversão, isto é, experiência real do novo nascimento espiritual. Eu, por exemplo, nasci num lar de líderes evangélicos batistas no sul do Paraná, e me dizia crente desde o berço. Esse é um problema para filhos de pais crentes. Mas só me converti verdadeiramente, nasci de novo, ao 14 anos de idade. Então, passei do Jesus da História para o Cristo da Fé. Entretanto, não desenvolvi (não efetuei, não operei) a minha salvação (Fl. 2.12) e fiquei sem conhecer a completa conversão a Cristo. Quando conheci a Cristo pensei que tinha chegado ao mais alto nível da minha vida espiritual. Que engano. Faltava conhecer o Cristo da cruz (Gl. 2.20) e o batismo de amor (Gl. 5.5). Por isso, minha vida espiritual, apesar de ser genuína, não era abundante e madura, mas sim, infantil, pequena e INCONSTANTE, muito parecida, por exemplo, com a vida pentecostal dos irmãos da Igreja de Corinto, observa Jairo que também é pastor e, com sua esposa, lidera a Missão Vidas – instituição cristã independente e interdenominacional.

Pelo amor ou pela dor?

Uma das histórias mais conhecidas da Bíblia está narrada no Evangelho de Lucas 15.11-32. É a Parábola do filho pródigo”. Este texto de Lucas já foi tema de milhares de pregações por todo o mundo, e por meio desta parábola, tira-se uma grande lição.

A Bíblia conta que certo homem tinha dois filhos. O mais moço deles disse ao pai: “Pai, dá-me a parte dos bens que me toca”. E o pai repartiu então os seus bens entre os dois filhos. Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades. Então, foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada. Caindo, porém, em si, disse: “Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados”. Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. (…)

Assim como este jovem da parábola, tantos outros se enveredam pelo mesmo caminho. Largam a família em busca de prazeres momentâneos. Pra que isto? Para que sofrer tanto? Por que não vir pelo amor, mas pela dor?

O jovem da parábola tinha tudo em casa. Da mesma maneira, muitos – mesmo com dificuldades financeiras – têm um lar, mas querem mais… mais… mais… sempre mais… Querem novas aventuras…

A parábola diz que aquele jovem caiu em si, percebendo a tamanha “besteira” que havia feito: largar o seu lar em busca de emoções. O pecado faz isto, “cega” as pessoas levando-as a caminhos, muitas vezes, sem volta.

É triste perceber que muitos jovens sofrem lá fora, e depois voltam arrebentados pelas decepções e desilusões da vida. Voltam da mesma maneira que o jovem da parábola: que perdeu tudo (os bens que o pai havia lhe dado), chegando ao fundo do poço e a ponto de se alimentar da mesma comida que os porcos. Este é o ponto a que uma pessoa chega quando está fora da presença e da cobertura do Pai Celestial e também da sua família.

Mas, assim como aconteceu com o jovem da parábola que se arrependeu e tornou para a casa de seu pai, da mesma forma pode acontecer com cada jovem que se afasta de Deus: existe uma porta aberta pelo Senhor pronta para recebê-lo de volta.

Cabe aqui neste texto, a palavra final dada pela doutora Lúcia Helena a este respeito. Ela diz: “A vida que o mundo oferece é muito mais do que a Igreja oferece aos jovens, é uma disputa desleal, pois o ser humano é como um ‘troféu’ que está sendo disputado pelo inferno. E para fugir das garras do inferno, é preciso que o jovem tome a decisão certa: decidir-se por Jesus. Porém, Deus não força ninguém a tomar esta decisão, cabe a cada jovem decidir-se por si só. No entanto, para tomar a decisão, o jovem precisa de um referencial. Primeiro do lar que é o seu alicerce, depois da Igreja, da escola e da sociedade. A criança que está bem estruturada sabe discernir o que os seus pais biológicos a ensinam como certo e errado. E, conseqüentemente, quando jovem ela também saberá discernir o que agrada ou não o seu Pai Celestial”.